O óbvio que não é feito: entendendo o problema por trás de métricas ruins
ara melhorar os resultados da sua empresa, faça o óbvio: entenda o problema por trás das métricas ruins.
Quando os números decepcionam, a primeira reação costuma ser buscar soluções rápidas: trocar uma campanha, ajustar um processo, investir em uma nova ferramenta ou até contratar mais gente.
Mas antes de pensar em qualquer solução — por mais tentadora que ela pareça para aliviar a “dor” — o passo mais importante é entender o que está causando os resultados ruins. Sem clareza sobre o verdadeiro problema, qualquer ação pode ser ineficaz e até prejudicial para a empresa.
👋🏼 Olá, prazer! Eu sou a Domenica.
Sou empreendedora e cofundadora de uma consultoria especializada em UX e Conversão. Depois de meses trabalhando com diferentes clientes, decidi compartilhar aprendizados e reflexões que considero essenciais para empresas que buscam crescer com consistência. Espero que esse conteúdo te inspire e traga valor prático para sua jornada.
A importância de um bom diagnóstico
Um diagnóstico bem conduzido é a base para transformar métricas ruins em resultados reais. Ele revela gargalos e permite decisões baseadas em dados concretos — e não em achismos.
É como tratar uma doença: sem entender a causa, qualquer remédio será apenas paliativo, desperdiçando tempo e dinheiro, além de gerar uma falsa sensação de solução. Mais cedo ou mais tarde, o problema volta, às vezes mais grave e difícil de resolver.
O conteúdo de hoje é um convite para olhar além dos números e encontrar a verdadeira origem do problema.
Três pilares fundamentais para entender o que está por trás das métricas ruins
1. Identifique a causa real
Métricas ruins são sintomas. O desafio real está em descobrir o que está por trás delas. Muitas vezes, o problema está em desalinhamentos estratégicos ou falhas estruturais que não são visíveis à primeira vista.
O erro mais comum? Parar na primeira explicação e não investigar a fundo.
Estudo de caso 1: Aquisição de clientes ineficiente
Uma empresa investia pesado em marketing, mas tinha dificuldade em adquirir clientes. Após mapearmos toda a jornada do usuário, descobrimos que a estratégia de marketing não estava alinhada com o produto, o discurso de vendas nem com o valor entregue. O tráfego chegava, mas as pessoas não se conectavam com a proposta da landing page e abandonavam o processo.
A primeira solução poderia parecer: melhorar a landing page. Mas… será que esse era mesmo o problema?
A solução real foi redefinir a Proposta Única de Valor (USP) e alinhar com os problemas reais dos clientes. O resultado? Mais conversões e maior sinergia entre marketing, vendas e produto.
O time de marketing passou a entender, de fato, a transformação que o produto proporcionava — e conseguiu atrair o público certo: pessoas que realmente se beneficiariam da solução.
2. Um bom diagnóstico começa com boas perguntas e dados relevantes
Diagnóstico não é só perguntar “o que está errado?”. É entender como cada parte da empresa impacta os resultados. E isso exige perguntas profundas e dados confiáveis.
Comece com perguntas como:
- Qual é o cenário atual da empresa?
- Quais resultados esperávamos atingir e ainda não alcançamos?
- Que ferramentas, processos e equipes estão envolvidos?
- Como é a jornada do cliente — e onde ocorrem as maiores quedas?
Nos pontos de queda, use técnicas como os 5 Porquês para chegar à causa raiz.
Estudo de caso 2: Diagnóstico bem feito em produto freemium
Uma empresa tinha dificuldade em converter usuários para o plano premium. Ao aplicar o Psych Framework, identificamos barreiras logo no início da jornada: formulários complexos, etapas desnecessárias e falta de suporte. O principal problema? O usuário nem chegava a experimentar o valor do produto.
A solução foi radical na simplicidade: remover etapas. Não era sobre melhorar, refinar ou redesenhar — era sobre eliminar o que atrapalhava.
Essa simplificação aumentou significativamente as taxas de ativação e conversão.
3. Adote uma visão sistêmica
Um erro comum é olhar para os problemas de forma isolada, por áreas. Isso fragmenta o diagnóstico e ignora os impactos cruzados entre marketing, vendas, produto e atendimento.
Métricas ruins muitas vezes são sintomas de desalinhamentos entre equipes e estratégias. Diagnosticar bem exige saber dar zoom out para enxergar o todo — e dar zoom in nos detalhes certos.
Perguntas para ampliar sua visão:
- O problema está realmente onde ele aparece?
- O que aconteceu na etapa anterior que pode ter contribuído?
- Existe um padrão ou fator comum conectando as métricas ruins ao longo da jornada?
Evite silos. Um gargalo no atendimento pode ter origem na promessa feita pelo marketing, que não condiz com a experiência do produto.
Conclusão
Diagnosticar bem é o primeiro passo para melhorar resultados com consistência. Isso envolve questionar suposições, buscar dados relevantes e adotar uma visão sistêmica para entender causas e conexões.
🔍 Quando você entende o porquê por trás dos números, consegue criar estratégias específicas, eficazes e sustentáveis.
Não há atalhos para resultados reais: é preciso ir além dos sintomas e entender o problema.
Sua empresa está enfrentando um desafio difícil de resolver? Vamos conversar — estamos a uma mensagem de distância.
📚 Referências